De espinhos é a sua coroa
Chegou sem aviso
Assusta, mata, magoa...
Lutamos em improviso
Por longos dias no passado
Tememos a opressiva PIDE
O povo está amedrontado
Hoje o tirano é o Covid
Quantos dias, meses, anos?
Até ao fim desta aflição
É incerta esta resposta
Que espera toda uma nação
Os contactos proibidos
Deixam muitos enfurecidos
Mas é o remédio que salvará
Os que são imunodeprimidos
O isolamento é necessário
Para se ganhar algum tempo
O contacto físico o adversário
E tornará maior o tormento
Travem-se já os afectos
E não nos sintamos sós
É o que permitirá aos netos
Crescer junto dos avós
A união da raça Humana
Essa sim, é urgente!
E que seja soberana
Para que se salve esta gente!
Aos que não têm opção
Senão lutar na vanguarda
Com eles estou de coração
Que a coragem os guarde
Pelas teorias da conspiração
Tarda o fecho das fronteiras
Será que os donos do poder
Não estarão a fazer asneiras?
A cada hora, minuto, segundo
Sobem os números de contágio
Iremos até ao fim do mundo
Para inverter este presságio
80 viverão sem perigo
20 à morte eu comprometo
Se ficar perto do meu amigo
Diz o princípio de Pareto
Para toda a humanidade
O mesmo chão, o mesmo tecto
Apela-se à responsabilidade
Ter cautela é o correcto
A Natureza está a chorar
O Homem moderno surta
Quando isto terminar
Não tenhamos memória curta
A dor a gerar a consciência
Que o amor não consegue
Ganhemos a sapi(ci)ência
O vírus para o diabo que o carregue!
É a peste do século XXI
Um por Todos e Todos por um!!!
Ou não escapará nenhum...
Vera Lúci(d)a