¡Mira! (ES)

¡Mira!
No te quedes solamente mirando al suelo,
¡Mira al cielo!
No te quedes contento mirando las piedras,
¡Mira a las estrellas!
No te quedes indiferente mirando el cuerpo de ilusión
¡Mira al corazón!
Mira a la mirada,

Que es... del alma... una portada.

Vera Lúci(d)a






Poesia

Ó Poesia
Poesia-me
Poesia-te
Poesia-nos
Pois íamos
À verdade

Poeta
Por esta
Prometa
Por meta
Concreta
Felicidade

Poema
Pelo lema
Desalgema
O teorema
Da eterna
Liberdade

Verso
Converso
Com o verso
Controverso
Submerso
Na sinceridade

Rima
Ri(m)o-me
Pelo riso
Conciso (com siso)
Consigo
Sonoridade

Métrica
Poética
Estética
Ecléctica
Pela ética
Afinidade

Ó Poesia!
Pois ia...
E possuía
Por si a
Filosofia
A Unidade.
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

Oh Poesía
Poesía-me
Poesía-te
Poesía-nos
Pues íbamos
Hacia la verdad.

Poeta
Por esta
Prometa
Por meta
Concreta
Felicidad

Poema
Por el lema
Quiebra las cadenas
Al teorema
De la eterna
Libertad

Verso
Converso
Con el verso
Y la controversia
Inmersa
En la sinceridad

Rima
Rí (m)ome
Y con la risa
Concisa (con sisa)
Consigo
Sonoridad

Métrica
Poética
Estética
Ecléctica
Por la ética
Afinidad

¡Oh Poesía!
Pues iba…
Y poseía
Por sí la
Filosofía
La Unidad.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Os contadores de Histórias

Contadores
De Histórias
Cantam dores
E glórias
Contam lendas
E mitos
Em sonetos
E gritos
Em cantos
E prantos
Contem-se estórias
E relatos
Invenções
Ou factos
Acalentam corações
De velhos
E novatos
Vão ao passado
E ao futuro
O príncipe encantado
E o tirano duro
Os cavaleiros
E a princesa
Os guerreiros
E a braveza
Contem-se histórias
Com alegria
Ficam memórias
Vive-se magia
Contem os pais
E os filhos
De aventuras
E sarilhos
Contem alunos
E professores
De encantar
E de terrores
Contem-se hoje
E sempre
O triste
E o contente
Pelo livro
Pela memória
Sejam derrota
Sejam vitória
Pela prosa
Pela poesia
Contem-se
Dia após dia!

Corona

De espinhos é a sua coroa
Chegou sem aviso
Assusta, mata, magoa...
Lutamos em improviso

Por longos dias no passado
Tememos a opressiva PIDE
O povo está amedrontado
Hoje o tirano é o Covid

Quantos dias, meses, anos?
Até ao fim desta aflição
É incerta esta resposta
Que espera toda uma nação

Os contactos proibidos
Deixam muitos enfurecidos
Mas é o remédio que salvará
Os que são imunodeprimidos

O isolamento é necessário
Para se ganhar algum tempo
O contacto físico o adversário
E tornará maior o tormento

Travem-se já os afectos
E não nos sintamos sós
É o que permitirá aos netos
Crescer junto dos avós

A união da raça Humana
Essa sim, é urgente!
E que seja soberana
Para que se salve esta gente!

Aos que não têm opção
Senão lutar na vanguarda
Com eles estou de coração
Que a coragem os guarde

Pelas teorias da conspiração
Tarda o fecho das fronteiras
Será que os donos do poder
Não estarão a fazer asneiras?

A cada hora, minuto, segundo
Sobem os números de contágio
Iremos até ao fim do mundo
Para inverter este presságio

80 viverão sem perigo
20 à morte eu comprometo
Se ficar perto do meu amigo
Diz o princípio de Pareto

Para toda a humanidade
O mesmo chão, o mesmo tecto
Apela-se à responsabilidade
Ter cautela é o correcto

A Natureza está a chorar
O Homem moderno surta
Quando isto terminar
Não tenhamos memória curta

A dor a gerar a consciência
Que o amor não consegue
Ganhemos a sapi(ci)ência
O vírus para o diabo que o carregue!

É a peste do século XXI
Um por Todos e Todos por um!!!
Ou não escapará nenhum...

Vera Lúci(d)a




Chita (Mar.2007- Fev.2020)

Chita...
Minha gata,
Bonita.
Minha felina,
Bela.
Doce e traquina.

No teu olhar de felino,
Profundo, cristalino...
Tenho a janela para o divino.
No teu vibrante miar
Como a lira, ao tocar
Ouço uma doce melodia,
E, vivo em ti a poesia.

A dor que a tua partida me traz...
É a mesma que te trouxe a paz.
A tua missão está cumprida,
Obrigada por me teres escolhido.
Viveste aqui, feliz e amada,
Fizeste-me tão afortunada!
Acato esta dura e fria saudade...
A ouvir-te ronronar na eternidade.

Chita... meu ser de luz,
Se houver paraíso, é teu!
Minha gata! Curiosa como és,
Estarás a percorrer o céu de lés-a-lés,
A brincar com os corpos astrais,
E a desenrolar novelos siderais.
Felis Catus, assim escreve o latim,
Feliz, é como te espero
Aí desse lado, a olhar por mim...

À Chita, à Marley, e aos seres de luz como elas. 💖
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

Chita (Marzo 2007-Febrero 2020)

Chita…
Mi gata,
Bonita,
Mi felina,
Bella.
Dulce y tranquila.

En tu mirada de felino,
Profunda, cristalina…
Tengo la mirada hacia lo divino.
En tu vibrante maullar
Como la lira, al tocar
Oigo una dulce melodía,
Y, vivo en ti la poesía.

El dolor que tu partida me trae
Es la misma que te trajo la paz.
Tu misión está cumplida,
Gracias por haberme escogido.
Viviste aquí, feliz y amada,
¡me hiciste tan afortunada!
Acato esta dura y fría saudade
Al oírte ronronear en la eternidad.

Chita… mi ser de luz,
Si hay paraíso, ¡es tuyo!
¡Gata mía! Curiosa como eres,
Estarás recorriendo el cielo de un lado a otro,
Jugando con los cuerpos astrales.
Felis Catus, así escribe el latín,
Feliz, es como te espero
Ahí de ese lado, velando por mí…

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Olha-me. Eu me confesso.

Olha-me na cara!
Pára.
Mira-me, e... dispara!!!

Olha-me nos olhos...
Sem coros, nem choros!
Se peço que me olhes,
Não cantes, não chores...

Olha-me no pensamento...
Dentro.
Ou inflamo... e rebento!

A metade não te conheço...
Só inteiro, e do avesso!
Vens a meias, e me despeço,
O fim começa no meio começo.

Vem completo!
E, por certo.
Eu me confesso.
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

Mírame. Yo me confieso

¡Mírame a la cara!
Para.
Mírame, y ¡¡¡dilo!!!

Mírame a los ojos…
¡Sin sonrojos ni lloros!
Sólo pido que me mires,
No cantes, no llores…

Mírame en el pensamiento…
Dentro.
¡O me inflamo… y reviento!

La mitad no te conozco…
¡Sólo entero y del revés!
Vienes a medias, y me despido.
El fin comienza en el medio comienzo.

¡Ven completo!
Y, por cierto.

Yo me confieso.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Caído o manto. Findo o pranto.

Já não tenho medo 
Da morte,
Já não ponho fé
Que existe.

Já pintei o meu trevo
Da sorte,
Já o sei, o que É
Resiste.

Eu vejo a terra
De cristal,
E que se quebra
No final.

Eu ouço ao canto
Do cimo,
E dispo o manto
Nu, o imo.

Caído o manto,
Findo o pranto.
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

Caído el manto. Terminado el llanto

Ya no tengo miedo
De la muerte,
Ya no siento
Que exista.

Ya pinté mi trébol
De la suerte,
Ya sé, lo que Es
Resiste.

Veo la tierra
De cristal,
Y que se quiebra
Al final.

Ya oigo el canto
De la altura,
Y me desnudo del manto
Desnudo, lo íntimo.

Caído el manto,
Finalizado el llanto.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Tempo prisioneiro

O Homem, do relógio criador
Fez do tempo prisioneiro,
No descanso do seu labor 
O tempo pôs-se em primeiro.

O relojoeiro compassou o tempo
Pensando-se engenhoso, 
Sua obra, seu intento
Diz-se, foi acto perigoso.

Cativo vive o inventor
Na sua obra ilusória,
O relógio é o delator
Do descompasso da História.

O tempo dividiu os mundos
O seu co-autor não sabia
Que somos oriundos
Todos da mesma dinastia.

Viria o ditado dizer,
A ser coisa de feitiço,
Que foi ele a padecer
Do seu próprio enguiço.

O relógio, se parar
Não travará o devir
Da ruga que vem riscar 
O traço do seu olhar.

Certa bate a hora
Do relojoeiro sideral
Que acerta o ponteiro
Pelo astro principal! 
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

El Hombre, del reloj creador
Hizo del tiempo prisionero,
En el descanso de su labor
El tiempo fue así el primero.

El relojero acompasó el tiempo
Creyéndose ingenioso,
Su obra, su intento
Se dice, fue un acto peligroso.

Cautivo vive el inventor
En su obra ilusoria,
El reloj es el delator
De la pérdida de compás de la Historia.

El tiempo dividió los mundos
Su coautor no sabía
Que somos oriundos
Todos de la misma dinastía.

Vendría el dictado a decir,
Que era cosa de hechizo,
Que él fue a padecer
De su propio mal de ojo.

El reloj, si parase
No frenará el devenir
De la arruga que viene a rayar
El trazo de su mirar.

¡Cierta da la hora
Del relojero sideral
Que acierta la manecilla
Por el astro principal!

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

A bruxa alquimista

A bruxa-voadora
Fugaz à opressora
É livre-pensadora

A bruxa, na matemática é prática
Une a química e a alquimia
Desenha sagrada a geometria
A bruxa, é terrena e galáctica

A bruxa, nos olhos do felino
Vê o espelho mágico do divino
Tem no sol reluzente
A luminária conducente

A bruxa, guardiã da sabedoria
Vive sem dor enclaustrada
Não tem alma acorrentada
Norteia-se pela suprema maestria

A bruxa, tem no imo a magia
Que aqueles, torpes e inebriados
Têm como profana bruxaria
No mundo dos pecados

A magia seduz o vendaval
E a bruxa, procurada
Vive na madrugada
Pela pedra filosofal

A bruxa, filha da natureza
Tem no ventre da Mãe fortaleza
Vê o ontem na obra terrestre
Lê o amanhã na pintura celeste

A bruxa, velado no seu chapéu
Traz o constelado céu 
É este o seu véu.
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández: 

La bruja alquimista

La bruja voladora
Fugaz ante la opresora
Es librepensadora

La bruja, en la matemática es práctica
Une la química y la alquimia
Diseña sagrada geometría
La bruja, es terrenal y galáctica

La bruja, en los ojos del felino
Ve el espejo mágico de lo divino
Tiene en el sol reluciente
La luminaria que conduce

La bruja, guardiana de la sabiduría
Vive sin dolor enclaustrada
No tiene el alma encadenada
Se orienta por la suprema maestría

La bruja, tiene en lo íntimo la magia
Que aquellos, torpes y embriagados
Tienen como profana brujería
En el mundo de los pecados

La magia seduce al vendaval
Y la bruja, procurada
Vive en la madrugada
Por la piedra filosofal

La bruja, hija de la naturaleza
tiene en el vientre de la Madre fortaleza
Ve el ayer en la obra terrestre
Lee el mañana en la pintura celeste

La bruja, velado en su sombrero
Trae el constelado cielo
Este es su velo.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Na lonjura, um encontro, a cura - II

Se vem a saudade,
Espreita o luar
Na Lua teu olhar
Acalenta o meu
Por lá te encontrar

Se vem a saudade,
Imerge no Mar
Teu corpo a nadar
Mergulha no meu
No mesmo lugar.

Se vem a saudade,
Procura o luar
Banha-te no mar
Eu tenho na fé
A lua e a maré.

Se vem a saudade,
Da lua, energia
Do mar, maresia
Na dura lonjura,
Um encontro, cura.

Se vem a saudade,
Não lhe dês idade.

Astrolábio... Astro-sábio

O astro, me beija
Meu lábio, flameja

O astrolábio,
No firmamento 
Me orienta

O astro-sábio,
Do meu tormento 
Me afugenta

O astrolábio,
O astro-sábio.

O Astro, Sabe-O. 
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández:

El astro, me besa
Mi labio, flamea

El astrolabio,
En el firmamento
Me orienta

El astro-sabio,
Mii tormento
Ahuyenta

El astrolabio,
El astro-sabio.

El Astro, Sábe-Lo.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/

Um segundo, o mundo.

Queres tu, mudar o mundo,
Muda tu, por um segundo,

O segundo, faz o tempo,
O tempo, leva-o o vento,

Sereno, o tempo, 
Traz a obra,

No fim, o tempo, 
Sempre sobra.
.

Tradução espanhol por Professor José Carlos Fernández:

Quieres tú, cambiar el mundo,
Cambia tú, durante un segundo,

El segundo, hace al tiempo,
El tiempo, lo lleva el viento,

Sereno, el tiempo,
Trae la obra,

En el final, el tiempo,
Siempre sobra.

Em: https://josecarlosfernandezromero.com/